sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Caso não tenham reparado, inclui um novo link que vale a pena ser visitado: Freelancer - o profissional que rala. Trata-se do blog da experiente Ceila Santos, "rata" do setor de telecom. Vale a pena a visita não só pelos comentários sobre o mercado de frila, mas pelas opiniões sobre determinados temas de TI e Telecom.
Eterna briga
Uma nota no Portal Imprensa apresenta uma pesquisa sobre a enterna briga assessoria de imprensa (jornalistas) X relações públicas. A conclusão deve gerar polêmica: assessoria de imprensa não é trabalho para relações públicas. Tem, inclusive, um comentário de um profissional de RP na nota detonando a pesquisa (claro).
Querem saber minha opinião? O povo fica discutindo há anos e não percebeu até agora que isso não faz a menor diferença. O bom profissional não vem do fato do diploma ser de X, Y ou Z. Conheço pessoas que nunca pisaram em uma faculdade de jornalismo ou relações públicas e escrevem melhor que muitos jornalistas profissionais formados e experientes. A verdade é que boa parte das faculddades de relações públicas já estão voltadas e prepararam suas grades para a produção e organização de eventos.
Fica essa briguinha besta, de cada um vendendo seu próprio peixe enquanto os que se destacam levam a vida. E bem. Se o cara for bom não importa sua formação. É isso. Alguém se arrisca a comentar?
* Se você ainda não viu, não deixe de ler a entrevista com Alexandre Barbosa (logo abaixo), que fala sobre a vida de frila.
Querem saber minha opinião? O povo fica discutindo há anos e não percebeu até agora que isso não faz a menor diferença. O bom profissional não vem do fato do diploma ser de X, Y ou Z. Conheço pessoas que nunca pisaram em uma faculdade de jornalismo ou relações públicas e escrevem melhor que muitos jornalistas profissionais formados e experientes. A verdade é que boa parte das faculddades de relações públicas já estão voltadas e prepararam suas grades para a produção e organização de eventos.
Fica essa briguinha besta, de cada um vendendo seu próprio peixe enquanto os que se destacam levam a vida. E bem. Se o cara for bom não importa sua formação. É isso. Alguém se arrisca a comentar?
* Se você ainda não viu, não deixe de ler a entrevista com Alexandre Barbosa (logo abaixo), que fala sobre a vida de frila.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Ponto de Vista - Alexandre Barbosa

Cargo atual: editor-assistente de tecnologia do portal do Estadão
Breve histórico profissional: Trabalhou no jornal DCI e nas revistas Internet Business e PCs. Também foi assessor de imprensa na S2 e na Publicom, atendendo a clientes da área de tecnologia. Já colaborou com diversas revistas como Vida Executiva, Info Corporate, Info Exame, Linux Magazine e Home Theater. Já assinou coluna de tecnologia no Jornal do Brasil.
1) Você já teve várias experiências em jornalismo. Já esteve em redação, em assessoria, etc? Como analisa o mercado de jornalismo hoje?
Já estive em redação, em assessoria, em redação de novo, em assessoria (rs...)... O mercado de jornalismo já teve um momento muito bom, e deve ter sido antes de eu começar a trabalhar como repórter. Mas falando sério, as seqüências de crises depois de 2000-2001 foram terríveis para a nossa área. Inclua na lista as crises cambiais, que elevaram os custos das empresas, uma vez que papel e insumos eletrônicos são cotados em dólar, o esvaziamento da bolha pontocom, que levou por água abaixo uma fonte farta de receita publicitária, a crise da Rússia e depois a da Argentina, que contaminou o risco Brasil e fez todo mundo segurar os investimentos até segunda ordem (e anúncios publicitários portanto), e teremos um quadro de “tempestade perfeita” para o jornalismo. Junte a isso que a maior parte dos grandes grupos de comunicação (Ed. Abril, Globo, etc.) investiram os tubos (sempre seguindo os “çábios” conselhos das Big Five) em licenças de telefonia e TV a cabo, num ralo que representa uma dívida na casa dos bilhões de dólares e teremos uma situação de: emprego formal de jornalistas residual, com salários arrochados, exceto para quem é do andar de cima ou as estrelas de TV e rádio, muita colaboração de freelancers carregando veículos tradicionalíssimos nas costas (frila trabalha em casa, absorve custos de transporte e telefone na apuração, não usa água, elevador, banheiro, pulso telefônico nem conexão à internet do “empregador”) e muitos profissionais bons, mas que não conseguiram se recolocar lotando as assessorias de imprensa. Bem que a minha mãe falou para eu prestar aquele concurso no Banco do Brasil.... Mãe tem sempre razão.
2) Lançou um livro recentemente, fale um pouco sobre a experiência de escrevê-lo e do que trata a obra.
O livro fala sobre o futuro da Internet. Chama-se “Cuidado: a internet está viva” e foi publicado pela editora Mostarda (www.editoramostarda.com.br) , com foco em tratar temas contemporâneos. Todos os livros foram escritos por jornalistas e a idéia é aproximar o público estudantil ou leigo destes temas. Escrever o livro foi muito legal, embora trabalhoso. Pude aproveitar os contatos e anos de experiência na área de tecnologia para compor os cenários possíveis do que será a web. Não é um livro para os “iniciados”, mas com certeza o público em geral poderá pensar sobre temas como o futuro da banda larga e da diversão digital. Recomendo principalmente para os cônjuges, parentes, amigos e vizinhos de jornalistas de tecnologia. Quem sabe assim eles entendem um pouco melhor porque é que “seus” fazem para ganhar a vida.
3) A partir de que momento você percebeu que teria de viver só de frilas? Foi uma decisão sua ou por força do setor com empregos minguados?
Bom, no último mês comecei a trabalhar no portal do Estadão, mas dessa última vez foram dois anos frilando. Eu parti para essa fase de frilas depois de um ano trabalhando em assessoria. Meu problema é que fiquei frustrado com aquela experiência como assessor. Mas é mais por vaidade intelectual. É que eu queria muito ser repórter, trabalhar em redação. Como não desse certo, não pintasse vaga, fui batalhar um serviço atrás do outro, torcendo por uma oportunidade de trabalho que surgisse de uma hora para outra. Nesse período concorri a umas duas ou três vagas, sem sucesso.
4) Quanto tempo ficou trabalhando só com frilas e como foi a experiência?
Foram dois anos. Foi uma seqüência de altos e baixos. Tinha hora em que era bacana e outros momentos péssimos.
5) O que vale a pena e o que não vale a pena quando se vive de frilas?
A única coisa que vale a pena é a liberdade de, às vezes, recusar um serviço que você não quer ou não precisa, mas essa liberdade é relativa e muito, muito limitada, quando não é algo que se conquista com muito suor. Se o frila for muito descolado, tiver bastante contato, pode conseguir ter uma boa renda, superior a de muito cara bom em cargos médios e até acima nas melhores redações. Só não sei se vale tanto a pena. Veja, quem emprega não tem o menor compromisso com você. Tem mês que tem matéria, tem mês que não tem. O editor, que é um profissional que lida com suas próprias idiossincrasias e necessidades, tem que usar o frila, que não passa de recurso humano alocável, “on-demand”, de acordo com os recursos do veículo onde trabalha. Ora, o galho do frila é que ele tem contas todo mês, ele come todo mês.
6) Recomendaria isso para outros profissionais?
A vida de frila? Recomendo para quem tem sanha de escrever e não vê nem sobra de uma vaga em redação. É um caminho para fazer os contatos, sedimentar relações que possam abrir portas no futuro. E, claro, para quem quer fazer coisas novas ou diferentes, mas só recomendaria se a pessoa tiver um companheiro/a que ajude a compor a renda mensal, se tiver alguém que segure a onda, porque a irregularidade na “balança comercial” é enorme.
7) Quais os principais cuidados que se deve tomar quando o profissional vive de frilas?
A primeira, e mais importante, é com a conta bancária. O frila tem que ter um gerenciamento financeiro de economia de guerra. E não vem me dizer que não dá pra fazer isso porque, frilando, eu consegui juntar grana para trocar de carro ano passado e tal. O lance é fazer uma economia espartana, coisa de uns dois, três meses. Tem que ter uns três meses de $$ na conta, como uma reserva de segurança. Não é fácil de fazer, mas dá. É só apertar o cinto por um tempo. Com isso, você ganha segurança de poder selecionar melhor os trabalhos que vai fazer, se arriscando menos. Outro mandamento sagrado do frila é: fuja do cartão de crédito e cheque especial.
8) E como é a relação de um frila com as assessorias? É bem tratado ou geralmente esquecido? Os veículos para os quais você presta serviços determinam o tratamento dado pelas assessorias?
Os veículos para quem escrevi como Frila tem sua conduta no relacionamento com as assessorias. Normalmente isso se estende a nós, nessa categoria diáfana chamada “colaboradores”. Sabe, isso me lembra que ser frila é ter todas as obrigações de um cara que é contratado (prazo, assertividade, etc.) sem nenhuma das vantagens. Várias vezes me peguei “vendendo o peixe” de uma revista para a qual escrevia e nunca tive esse esforço reconhecido/recompensado. Uma grande editora para quem escrevi tem uma política de restrição a viagens, por exemplo, o que te obrigava a declinar de convites para eventos em outras cidades ou fora do país. Já o relacionamento com as assessorias é muito bom. As boas agências perceberam que o frila é um canal de relacionamento precioso no jogo da comunicação, uma vez que, pressionados no ambiente carregado das redações, o profissional contratado nem sempre era amigável ao contato de uma simples venda de pauta. Aliás, colegas de redação todos, RELAXEM a little bit com os assessores, ok?
Isso é principalmente importante para quem nunca esteve do outro lado do balcão e tem uma imagem distorcida dos colegas. Recomendo leitura de artigo publicado anteriormente neste espaço. Voltando, as assessorias tratam os frilas em pé de igualdade na maior parte das vezes, convidando para eventos e coletivas, mandando material, usando nossos canais de relacionamento para propor testes e reviews de produtos, etc. É claro que as agências também não fazem isso por altruísmo. Elas perceberam que o cenário de crise que se abateu sobre a área criou um novo circuito de relações. SE o frila pode ajudar no trabalho delas, então ele passa a ser incluído nas estratégias de relacionamento.
9) Hoje você está na Agência Estado. Se pintasse uma proposta para assessoria você voltaria ou estudaria?
Na verdade no portal do Estadão, cuidando do canal de tecnologia. Para assessoria de imprensa? Follow-up, organizar coletivas, vender pautas para colegas de redação de mau humor, trabalhar e trabalhar sem ter a menor certeza de que o seu trabalho rende frutos, uma vez que emplacar a pauta depende de inúmeros fatores aleatórios? Olha, só se eu, sei lá, virar pai e precisar muito da grana, porque eu não sei se tenho mais estrutura para as exigências do mercado de assessoria. Diga-se de passagem, do que eu vejo de amigos/as e colegas/os que militam em assessorias, acho que todos merecem medalhas pelo que fazem. Fazer assessoria hoje é muitas vezes pior do que quando eu fiz em 2003, na Publicom, ou entre 1997 e 2000, na S2.
10) Como você vê, no futuro, o relacionamento entre imprensa e assessoria?
Acho que entre mortos e feridos, o relacionamento tende a se estabilizar e ser bom para as duas partes. Mas acho que isso ainda leva tempo. Os veículos precisam se reestruturar, remontando suas equipes de repórteres, absorvendo parte da mão de obra que frila e internalizando um pouco da inteligência que anda dispersa como mão de obra alocável no mercado. Acho também que dá pra queimar etapas. É preciso ter mais exigência de parte a parte. Assessor de imprensa que erra português, não dá. Sugestão de pauta furada ou inadequada para o veículo também não dá. Assessor que diz que lê seu veículo e entende o perfil do seu público e que você saca na cara que nunca leu sua revista ou entrou no seu site, não dá. Repórter que se acha dono da verdade, também não dá. Repórter que entende que liberdade para criticar é o mesmo que meter boca, não dá. Arrogância de parte a parte, não dá. Ignorância de parte a parte, não dá. De resto, não tem segredo: se todos fizerem bem a lição de casa, todo mundo sai ganhando.
Leia também as outras entrevistas:
Anna Lucia França, diretora da Fonte da Notícia
Cibelle Bouças, repórter do Valor Econômico
Fábio Barros, sócio e gerente de imprensa da Comuni Marketing
Marcadores: entrevista
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Não podia deixar passar - atualizada


Blogueiros
Sei que encho o saco com esse negócio de blogs. Mas consigo visualizar oportunidades futuras e melhoria da eficiência de divulgação e marca nesse treco, apesar da maioria discordar. Richard Edelman, presidente e CEO da multinacional de relações públicas que leva seu sobrenome, foi um dos pioneiros do mercado. Da mesma forma, essa agência aqui no Brasil já mantém um blog, tímido, é verdade. Alguém conhece exemplos de outras agências de comunicação que trabalhem com blogs???
Escolha de nome
Sempre substituo os nomes das empresas, pessoas, etc. Nesse caso, porém, o grande lance está justamente no nome. Você gostaria de participar de um evento chamado FOODEX???? É sério, existe. Nada contra os assessores nesse caso. Mas a organização pecou. Imagina o follow: "Você gostaria de participar da Foodex?". Eu já pensaria que estão me chamando para um bacanal.
O Brasil levará 30 empresas para uma das maiores feiras de alimento da Ásia: a FOODEX Japan Feira Internacional de Alimentos e Bebidas, que acontece de 14 a 17 de março em Tóquio.
O Brasil levará 30 empresas para uma das maiores feiras de alimento da Ásia: a FOODEX Japan Feira Internacional de Alimentos e Bebidas, que acontece de 14 a 17 de março em Tóquio.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Que gracinha
Como diria a Égua Camargo. Enfim, você daria trela para um release que chegou dessa forma (abaixo)? Sinceridade... achei a piadinha muito sem graça.
Os tributos vão cair no samba
IR. Comissão de Frente
PIS Bateria
COFINS Mestre Sala
IPI Porta Bandeira
Os tributos vão cair no samba
IR. Comissão de Frente
PIS Bateria
COFINS Mestre Sala
IPI Porta Bandeira
Semana
A Maax Comunicação, assessoria de comunicação do Grupo See Propaganda, está com mais duas contas em sua carteira de clientes. Uma é a indústria química Reichhold. A outra é a Kennametal do Brasil, que atua no mercado de usinagem de metais. Os contatos são: Andrea Diniz (andreadiniz@maax.com.br), Fábio Camargo (fabiocamargo@maax.com.br) e Juliana Annunciato (juliana@maax.com.br), no (11) 3845-6576.
Trabalhar a intranet como eficiente portal corporativo. Esse é o tema do curso da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), que fechará a programação de fevereiro, no próximo dia 22. O objetivo é estimular os alunos a desenvolver uma arquitetura da informação adequada ao formato portal, transformando a intranet atual da empresa num eficiente canal de comunicação com os funcionários e fornecedores. O evento será na sede da entidade, em São Paulo, e as inscrições poderão ser feitas pelo site www.aberje.com.br ou pelo telefone (11) 3662-3990.
Não perca também a entrevista com Anna Lucia França. Para acessar, é só clicar aqui.
Trabalhar a intranet como eficiente portal corporativo. Esse é o tema do curso da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), que fechará a programação de fevereiro, no próximo dia 22. O objetivo é estimular os alunos a desenvolver uma arquitetura da informação adequada ao formato portal, transformando a intranet atual da empresa num eficiente canal de comunicação com os funcionários e fornecedores. O evento será na sede da entidade, em São Paulo, e as inscrições poderão ser feitas pelo site www.aberje.com.br ou pelo telefone (11) 3662-3990.
Não perca também a entrevista com Anna Lucia França. Para acessar, é só clicar aqui.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Avaya troca de assessoria
A Avaya, especializada em aplicações, sistemas e serviços de comunicação corporativa, deixou a Edelman. A companhia escolheu a Smart Comunicação como nova assessoria de imprensa. A diretora da conta passa a ser Fabiana Jacomini. Os contatos dela são (11) 3062-5439 e fabiana@smartci.com.br.
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Ponto de Vista - Anna Lucia França

Cargo atual: Diretora de Publicações da Fonte da Notícia.
Breve histórico profissional: Sou jornalista formada em 1990 pela PUC-SP. Meu primeiro estágio foi na assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, mas construí minha carreira dentro do jornalismo diário na grande imprensa. Inicialmente na Folha da Manhã (Folha de S.Paulo, Agência Folha e Folha da Tarde) e depois fui para Gazeta Mercantil, onde permaneci por quase nove anos. Nestes quase 12 anos de redação, cobri desde variedades até agribusiness. O que me deu uma forte bagagem cultural e jornalística.
1 - Como foi a experiência de passar para o outro lado do balcão, especialmente depois de passar anos em uma redação?
Foi meio traumática, pois não saí por escolha própria, mas sim por necessidade. Isso porque a Gazeta Mercantil passava pela sua pior crise, em 2001, e, sem receber salário, saí em busca de emprego. Como o mercado também passava por uma crise, a possibilidade de arrumar uma vaga em outro jornal era remota. Então incluí as assessorias em minha procura por um lugar.
2 - Quais os pontos positivos e negativos dessa virada?
Tomei contato, pela primeira vez, com a realidade de uma assessoria. Diferente da assessoria do Palácio dos Bandeirantes, que passa informações para diversos veículos que reproduzem integralmente, a vida em assessoria comum é mais penosa do que eu tinha imaginado. Trabalha-se muito mais deste lado do balcão, porque tem o antes, o durante e o depois. No entanto, podemos acompanhar todo o caminho que a informação percorre, desde a primeira apuração, elaboração da pauta, sugestão para o jornalista, entrevista e publicação. Quando a matéria é veiculada, a satisfação é imensa porque é a confirmação de que meu “olho” jornalístico ainda está afiado.
3 - Existe algum momento insuportável em que você tem vontade de jogar tudo pro alto e se arriscar novamente nas redações?
Sim, quando um cliente não entende que você não vende pastel e sim informação. Informação esta que o jornalista pode gostar ou não. Porque em assessoria vendemos o intangível, a formação da imagem. E isso é uma construção que leva tempo. Mas os clientes têm pressa, são imediatistas. Nem sempre a primeira sugestão de pauta é aproveitada. Nem sempre um encontro com jornalista rende matéria. Mas para muitos clientes isso soa como absurdo, pois ele está pagando. Porém, costumo dizer que espaço garantido só tem quem faz anúncio.
4 - Valeu a pena?
Claro que sim. Pude abrir minha visão sobre a comunicação como um todo.
5 - Voltaria hoje para a redação? Por qual motivo?
Sim, voltaria principalmente porque aquilo é uma “cachaça”. Sou repórter na essência. Você poder farejar informações, levantar notícias quentes é uma delícia.
6 - É possível se acostumar com o clima e trabalho de assessoria, mesmo com tantas críticas dos jornalistas de redação?
Alguns dizem que não suportariam um mês de trabalho em agências de comunicação. É possível sim. Mas sempre digo que é preciso trocar o “chip”, porque o barato é outro. É justamente ter a visão estratégica da informação. É levantar todos os dados montar um “pacote” que atraia o jornalista. Além disso, é pensar qual o veículo vai aproveitar aquilo tudo melhor. Diria que é mais estratégico.
7 - Recomendaria a mudança a outros profissionais de redação?
Claro que sim. Conhecer todos os papéis é fundamental para formação de um profissional completo. E quando me perguntam se eu sou jornalista ou assessor, eu digo que sou jornalista, que já foi repórter e hoje trabalha com assessoria. Porque tudo isso é comunicação sim.
8 - Como vê a profissão no futuro, principalmente o segmento de assessoria de imprensa?
Acho que a profissão de jornalista está se transformando como um todo. E a tecnologia é a grande responsável por isso. A informação on-line a tempo e na hora está impulsionando tudo. Além disso, as empresas já perceberam que precisam se comunicar com seus diversos públicos. Daí o surgimento de sites, newsletter, boletins etc. E o jornalista é o grande fornecedor destes conteúdos, abrindo um leque de possibilidades. Mesmo a grande imprensa passa por mudanças. As redações são cada vez mais enxutas, mas a necessidade de boa informação e bons profissionais sempre existirá. Prova disso é a legião de free lancers que há hoje no mercado. Penso que, se alguns profissionais não se derem conta disso, vão sofrer muito. Desde a época da greve da Gazeta, quando vi muitas pessoas sofrendo porque se vêem apenas como intelectuais, esquecendo que precisam sobreviver, pensei muito sobre as mudanças. Neste novo cenário, mais independente, o jornalista precisa saber quanto custa seu trabalho para poder cobrar corretamente. Assumir o comando da sua vida é um risco, mas tem muitos ganhos.
Leia também as outras entrevistas:
Cibelle Bouças, repórter do Valor Econômico
Fábio Barros, sócio e gerente de imprensa da Comuni Marketing
Marcadores: entrevista
Você é foca?
Quer entender o real significado dessa terminologia? Então visite o Focaleando, de Bruno Ferrari - um dos mais fiéis leitores que tenho. Lá tem um artigo bem bacana sobre o tema.
Capacidade de síntese
Está na moda: Cacildis Co.* é copiado por indústria brasileira, mas os verdadeiros calçados de conforto mais famosos do mundo estão realmente à disposição dos brasileiros na Mussum Mocó*, loja que vende para todo o Brasil
É verdade. Isso era o título do release. Dá pra perceber o poder de síntese do assessor de imprensa. Curto, rápido e objetivo (tsc).
É verdade. Isso era o título do release. Dá pra perceber o poder de síntese do assessor de imprensa. Curto, rápido e objetivo (tsc).
Curiosidade
Separei, só para constar, algumas frases que levaram, por meio dos buscadores, internautas ao Pérolas. Vejam só cada coisa que apareceu por aqui:
cacildis festa
prostutitas em São Luis
rio botequins
solução para homens que possuem pênis pequeno
máaquinas de retirar tatuagem
sugestão de nomes pra empresas
técnica de meditação transcendental
kalil obstetra
dieta do leão lobo
cacildis festa
prostutitas em São Luis
rio botequins
solução para homens que possuem pênis pequeno
máaquinas de retirar tatuagem
sugestão de nomes pra empresas
técnica de meditação transcendental
kalil obstetra
dieta do leão lobo
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Percurso pequeno
Você conhece rotinhas? Seria o caminho mais curto para alcançar determinado objetivo? É, meu amigo, rapadura é doce mais não é mole não (nossa, essa é mais velha que andar pra frente – putz, soltei outra, hoje ta punk). Enfim, você compraria a idéia de uma pauta com o seguinte título: “Como quebrar padrões e rotinhas e mudar de vida”? Não? Nem eu. Mas que veio assim, ah veio.
Mais – se você ainda não leu, veja a entrevista de Cibelle Bouças, logo abaixo ou aqui.
Mais – se você ainda não leu, veja a entrevista de Cibelle Bouças, logo abaixo ou aqui.
Movimento
A Bansen comemora a chegada de Yara Bonafé, ex-RMA para o atendimento das contas do MercadoLivre e a Ubrafe. Você pode falar com ela no telefone (11) 5539-2344 ou pelo e-mail yara@bansen.com.br.
Renata Saud foi promovida a gerente júnior na Medialink. Ela está no comando das contas da RM Sistemas, Spress Informática, Datacraft e Planetarium. A famosa Andréa Farias continua por lá, como gerente sênior. Os contatos da Renata são (11) 3817-2131 e renata.saud@medialink.com.br.
A Top Press Assessoria em Comunicação foi escolhida para ser a nova assessoria de imprensa da Coutinho Amaral Seguros e cuidar do relacionamento da empresa com a mídia. O contato é Giulianna Aquarone no e-mail top.press@uol.com.br e telefone (11) 8124-7809.
A Intersection Comunicação e Eventos, de Cacilda Nunes Casado e a Serrano Associados, de Luiz Roberto Serrano, fizeram um acordo operacional para unir o portfólio de serviços nas áreas de relações públicas e comunicação. Mais informações pelo correio eletrônico imprensa@intersectionline.com.br e telefone (11) 3078-2356.
A Fran Press Assessoria de Imprensa passa a atender o CURA Imagem e Diagnóstico, clínica especializada em exames por imagem. O atendimento da conta será feito pela jornalista Camila Russi (camila@franpress.com.br) e coordenado por Eliana Aguiar (eliana@franpress.com.br).
Renata Saud foi promovida a gerente júnior na Medialink. Ela está no comando das contas da RM Sistemas, Spress Informática, Datacraft e Planetarium. A famosa Andréa Farias continua por lá, como gerente sênior. Os contatos da Renata são (11) 3817-2131 e renata.saud@medialink.com.br.
A Top Press Assessoria em Comunicação foi escolhida para ser a nova assessoria de imprensa da Coutinho Amaral Seguros e cuidar do relacionamento da empresa com a mídia. O contato é Giulianna Aquarone no e-mail top.press@uol.com.br e telefone (11) 8124-7809.
A Intersection Comunicação e Eventos, de Cacilda Nunes Casado e a Serrano Associados, de Luiz Roberto Serrano, fizeram um acordo operacional para unir o portfólio de serviços nas áreas de relações públicas e comunicação. Mais informações pelo correio eletrônico imprensa@intersectionline.com.br e telefone (11) 3078-2356.
A Fran Press Assessoria de Imprensa passa a atender o CURA Imagem e Diagnóstico, clínica especializada em exames por imagem. O atendimento da conta será feito pela jornalista Camila Russi (camila@franpress.com.br) e coordenado por Eliana Aguiar (eliana@franpress.com.br).
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Ponto de vista - Cibelle Bouças

Cargo Atual: Repórter
Breve histórico profissional: Trainee na Gazeta Mercantil em 2000, repórter de agronegócios e alimentos pelo InvestNews e Panorama Setorial, entre 2000 e 2001. Repórter de indústria pelo Panorama Brasil (atual DCI) em 2002. Assessora de imprensa (para Diagnósticos da América) em 2002. Repórter e assessora de imprensa para o Conselho Regional de Odontologia de Minas (CRO-MG) entre 2003 e 2004. Repórter de agronegócios no Valor Econômico desde março de 2004.
1) Você é mineira, arriscou a pele vindo para SP para tentar a carreira em jornalismo. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência muito importante, não só profissionalmente como também para minha vida pessoal, afinal foi a primeira vez que saí de casa para morar em uma república. Ter que se adaptar à empresa, a uma casa nova a pessoas novas é sempre um desafio. Não me senti "arriscando" tanto a pele porque passei no curso de trainees da Gazeta. Então tinha pelo menos seis meses para tentar "um lugar ao sol". Graças a Deus deu certo.
2) De que forma encarou os problemas enfrentados na Gazeta Mercantil? Pensava em pegar a primeira coisa que aparecesse? Foi o que fez?
Foi uma fase muito difícil. Por ter sido trainee, recebia um salário muito baixo, que não me permitia poupar. Então, cada mês que fiquei sem salário foi um mês sem pagar aluguel, sem pagar conta de luz, entre outras dificuldades. Nessa fase, eu já morava sozinha e quando o locador me mandou a carta de despejo, percebi que não havia motivos para ficar trabalhando de graça para uma empresa. Não entro no mérito das pessoas que ficaram na Gazeta, mas acho que trabalho é um negócio, você presta serviço e é pago por isso. Se presto o serviço em dia e com qualidade, não há porque não receber a contrapartida da empresa.
3) E no que deu?
Busquei outros trabalhos, o que aparecesse, afinal tinha que pagar o aluguel e restabelecer a minha imagem com o dono do apartamento. E tinha que viver, comer, pagar contas, etc. Mandei currículos para muitos lugares e consegui uma vaga no Panorama Brasil, por um salário mais baixo que o que tinha na Gazeta. Mas à época, foi o que me salvou. Fiquei pouco tempo e depois fui para uma assessoria de imprensa, onde trabalhei por seis meses.
4) Não agüentou ficar em assessoria por muito tempo. Por qual motivo?
Na verdade, eles é que não me agüentaram! Falando sério, prestei serviços para uma empresa que não pagou a assessoria de imprensa para a qual eu trabalhava. Eles tiveram muitas brigas entre si por conta de contrato e no fim, desfizeram o negócio. Eu e outra jornalista que fazíamos assessoria fomos dispensadas.
5) Como você explicaria a mudança de lado, ter de entrar em contato com os amigos de coletivas para vender pautas por uma assessoria, por um cliente?
Considero um fato natural. As redações reduziram muito o número de repórteres e muitos profissionais migram de área. O fato de conhecer o jornalista e de saber como funciona o veículo em que ele trabalha e o tipo de pauta de pode interessar ajuda bastante.
6) Fica mais fácil justamente por conhecer os jornalistas e ter um relacionamento com eles?
Certamente. Mas é sempre bom ter o cuidado de sugerir a pauta naturalmente, sem "forçar" muita intimidade com o repórter porque já o conhece. Muitos não gostam dessa aproximação com assessor de imprensa. É ridículo, mas já passei por isso quando era assessora.
7) Acredita que as assessorias dão atendimento especial a você por trabalhar no Valor Econômico?
Ah, muitas assessorias dão tratamento diferente sim! O tratamento é completamente diferente de quando eu trabalhava no DCI, por exemplo. Recebo mais sugestões de pauta e percebo que muitas assessorias têm mais preocupação em dar retorno aos pedidos.
8) Costuma "furar" a assessoria, ou seja, ligar direto para a fonte ou somente em casos especiais?
Olha, honestamente, quando o assessor de imprensa é bom, me atende bem, sempre peço para ele. Mas quando sei que o assessor é, digamos, lento para pedir a entrevista e dar retorno, aí ligo direto para a fonte.
9) Voltaria hoje para uma assessoria? Por qual razão?
Voltaria sim, sem nenhum problema. Acho até que poderia ser uma profissional melhor do que fui há três anos atrás. Para mim a assessoria de imprensa é fundamental para dar agilidade ao trabalho jornalístico em redação. Imagine se, para cada pauta que faço no dia, tivesse que ligar para o PABX de uma empresa, pedir à secretária o nome do dirigente e tentar agendar as entrevistas. Eu levaria o triplo do tempo que gasto atualmente para cumprir as pautas. Acho fundamental que repórter e assessor se conscientizem de que um precisa do outro. Quando os dois realizam seu trabalho com eficiência e com respeito ao outro, os resultados são excelentes para a assessoria e para o veículo de comunicação.
Outras entrevistas:
Fábio Barros, sócio e gerente de imprensa da Comuni Marketing
Marcadores: entrevista
Frila
Dica de Clezia Gomes. Uma colega está precisando de um free lancer para ontem. Essa pessoa tem de ter formação em jornalismo e experiência em tecnologia e responsabilidade social, o trabalho envolverá assessoria de imprensa e comunicação social. Em princípio, o frila será de apenas 20 dias/30 dias, mas pode ser que ocorra uma efetivação - nada definido ainda. Ela precisa dos currículos o mais rápido possível. Os interessados, por favor, entrem em contato com Daniela Trolesi, daniela_trolesi@br.bm.com, tel.: (11) 3094-2267 ou 82826968. Sejam realmente rápidos.
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Entrevista
Percebi que tive vários acessos novos nos últimos dias. Então, quem ainda não viu, pode acompanhar uma entrevista com um grande profissional do mercado. Basta rolar o cursor ou clicar aqui. Recomendo, vale muito a pena.
Que fome
O assessor deve ter preparado esse comunicado um pouco antes do almoço. E devia estar "verde" de fome:
Cacildis* Cmunicação reformula atendimento do Turn Around Bar*
São Paulo, 06 de fevereiro de 2006 – A ** Comunicação, agência de promoção comandada por Mussum Mocó e Didi Sonrisal , acaba de criar um núcleo exclusivo de trabalho para atender à conta do Turn Around Bar.
** Ali havia um espaço em branco. Esqueceram de colocar o nome da agência.
Cacildis* Cmunicação reformula atendimento do Turn Around Bar*
São Paulo, 06 de fevereiro de 2006 – A ** Comunicação, agência de promoção comandada por Mussum Mocó e Didi Sonrisal , acaba de criar um núcleo exclusivo de trabalho para atender à conta do Turn Around Bar.
** Ali havia um espaço em branco. Esqueceram de colocar o nome da agência.
Sindicato com blog
Demorou mais saiu. Por meio da comissão Pró-Diretoria Jovem, o SJSP (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo) oferece um blog voltado aos estudantes de jornalismo. Para acessar clique em http://diretoriajovem.zip.net ou, ainda, no ícone Diretoria Jovem, na coluna à esquerda do site. A proposta é, além de estimular debates sobre a profissão, publicar notícias sobre os trabalhos da própria Comissão.
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Movimento - atualizada
Lia Rizzo, ex-IBC (International Business Communication), voltou para a RMA. Ela atenderá a Datasul - como já fazia em sua primeira passagem pela agência. Para falar com ela é só ligar para (11) 2244-5979 ou enviar um correio eletrônico para liana.rizzo@rmacomunicacao.com.br.
Jaciara Rodrigues, depois de três anos na comunicação da Editora Campus/Elsevier, segue para a carreira solo. Para obter informações os contatos são Marcelo Moreira, gerente de comunicação e autores (m.moreira@elsevier.com.br) no (21) 3970-9330; e Andréa Drummond, assessoria de comunicação (a.drummond@elseviser.com.br).
A Tecelagem Santaconstancia, com 58 anos de atividade na área da indústria têxtil, é o mais novo cliente da ReDe Comunicação. Luciane Polisel é faz a ponte com a imprensa no luciane@redeonline.net e (11) 3061-3353 / (11) 8272-6526.
A Paulinas Editora desenvolveu uma sala de imprensa no site www.paulinas.org.br, área destinada aos profissionais de comunicação. O objetivo é atender solicitações, apresentar lançamentos e, assim, estreitar a parceria entre a empresa e a mídia.
Jaciara Rodrigues, depois de três anos na comunicação da Editora Campus/Elsevier, segue para a carreira solo. Para obter informações os contatos são Marcelo Moreira, gerente de comunicação e autores (m.moreira@elsevier.com.br) no (21) 3970-9330; e Andréa Drummond, assessoria de comunicação (a.drummond@elseviser.com.br).
A Tecelagem Santaconstancia, com 58 anos de atividade na área da indústria têxtil, é o mais novo cliente da ReDe Comunicação. Luciane Polisel é faz a ponte com a imprensa no luciane@redeonline.net e (11) 3061-3353 / (11) 8272-6526.
A Paulinas Editora desenvolveu uma sala de imprensa no site www.paulinas.org.br, área destinada aos profissionais de comunicação. O objetivo é atender solicitações, apresentar lançamentos e, assim, estreitar a parceria entre a empresa e a mídia.
Agenda
Realizado pela Revista Imprensa, o 1º Seminário Internacional de Imprensa Multimídia acontecerá em Brasília de 13 a 15 de março, no espaço da Caixa Cultural. Voltado para estudantes e profissionais da área de comunicação, o objetivo do seminário é gerar reflexão em torno das mudanças provocadas pela convergência de mídias, além de oferecer atualização nos novos processos de produção nas redações. Inscrições realizadas até o dia 10 de fevereiro ganham 20% de desconto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3224-0288 ou no www.portalimprensa.com.br/imprensamultimidia.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Ponto de vista - Fábio Barros

Nome: Fábio Barros
Cargo atual: sócio e gerente de imprensa da Comuni Marketing
Jornalista profissional há 16 anos, formado pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) em 1990, com especialização em Jornalismo na Internet (Unicamp/SP) e Jornalismo Holístico (ECA/USP). Início na carreira em 1989, como repórter policial do Diadema Jornal. Em 1990, foi para o Diário de Piracicaba, também para cobrir Polícia. Depois de passar por Geral e Esportes, acabou em Política. Em 92, foi para o Jornal de Piracicaba (editoria de Política). No início de 94 assumiu a diretoria de comunicação da Câmara Municipal de Piracicaba, onde ficou até o final daquele ano. Em 1995, de volta a São Paulo, passou a atuar como assessor de imprensa, função que exerceu por cincos anos em diversas agências, atendendo empresas como Compaq, Nokia, Tektronix, Elgin Printers, Progress Software e Baan, entre outras. Em 2000 foi para o Computerworld, onde trabalhou como repórter, editor-assistente e editor interino. Assumiu a gerência de imprensa da Comuni em maio de 2004.
1 - Como foi a experiência de passar para o outro lado do balcão, especialmente depois de passar anos em uma redação?
Na verdade é minha terceira mudança de lado de balcão, mas em condições absolutamente diferentes. Hoje a experiência tem sido muito boa. Na primeira vez em que troquei de lado não tinha a menor idéia do que era trabalhar em assessoria e, muito menos, sobre o que era a área de TI (foi ali que tomei contato pela primeira vez), o que tornou a primeira vez frustrante, como a maioria das primeiras vezes: atendia empresas de um mercado que eu não conhecia e estava envolvido com processos, controles e exigências – muitas exageradas – das agências em que eu trabalhei. Tudo bem, foram apenas três, mas tão parecidas que eu achava que deviam ser todas iguais.
Quando voltei para a redação, prometi que nunca mais poria os pés em uma assessoria, intenção que foi mudando com os anos, até que surgiu a oportunidade aqui na Comuni. Aqui há duas diferenças: uma é que fiquei anos em uma publicação especializada no mesmo segmento foco da agência e outra é que, mais velho e conhecendo melhor o mercado, você percebe que algumas coisas podem ser feitas do seu jeito – e continuam dando certo – e que outras não precisam ser levadas tão a sério. Por isso esta tem sido uma boa experiência e só tem sido assim por causa dos anos que passei na redação.
2 - Quais os pontos positivos e negativos dessa virada?
No meu caso específico, o grande ponto positivo foi o ganho de flexibilidade e autonomia. Não se trata de trabalhar, ou não, quando bem entendo, mas de estabelecer uma política baseada em resultados (de fato, não apenas no discurso). Isso significa que quando não há o que fazer (e todo mundo sabe que sempre há momentos em que não há o que fazer) não me obrigo a ficar no escritório. É possível trabalhar como um louco pela manhã, na certeza de que a tarde estará livre (claro, sempre com o celular ligado).
Outro ponto positivo é a possibilidade de ter o salário diretamente ligado aos resultados. Hoje eu sei que quanto mais eu trabalhar, mais vou ganhar.
De negativo há alguns pontos. O clima, por exemplo. Por mais descontraída que seja, uma assessoria nunca será igual a uma redação, nunca vai pulsar como uma redação. Há também o modo como você é visto pelo mercado, embora isso esteja mudando. Mas ainda há quem pense que estar numa assessoria é uma regressão na carreira ou sinal de incapacidade de sobreviver nas redações.
Outra coisa – mas essa você trabalha com o tempo – é ajustar o seu ego. Nos primeiros meses de volta a assessoria, você sente falta da “bajulação” das redações. Por mais que a gente não reconheça, todos nós sabemos que o jornalista, quando está em veículo, é mimado pelo mercado: almoços, viagens, cumprimentos em lugares públicos, cobertura de eventos etc. Mente quem diz que não se acostuma com isso e mente mais ainda quem diz que não sente falta, pelo menos no início. Sente sim, até perceber que o mimo não era para você, mas para o cargo que você ocupava e que em assessoria não há elogio, trabalho bem feito é obrigação e se o repórter da Gazeta de Cabrobó errou o sobrenome do fundador da empresa, a culpa é sua. Aí você cai na real e começa a cuidar da sua vida.
3 - Existe algum momento insuportável em que você tem vontade de jogar tudo pro alto e se arriscar novamente nas redações?
Há vários, mas são sempre suportáveis, senão eu já teria mesmo jogado tudo pro alto e tentado voltar para a redação. Mas estão geralmente ligados ao desconhecimento que as empresas têm do trabalho da assessoria, e da imprensa em geral. É duro você apresentar um senhor relatório de clipping para ao cliente e ouvir: “não está bom, não gerou nenhuma venda pra mim”, ou “mas nenhum amigo meu viu nada disso. Eu preciso aparecer na Exame”, ou “quanto custa essa entrevista que o jornalista quer?”.
Tem muita gente em assessoria que reclama da dificuldade de relacionamento com os jornalistas, mas aí acho que conta muito já ter trabalhado em redação. Nesta minha segunda volta não tive qualquer problema desse tipo. Mas é comum ouvir o assessor que reclama de um coice que levou de um editor de um grande jornal diário. Você pergunta a que horas ele ligou, e ele: “pô, ainda não eram 18h e o cara já estava com aquele stress todo”. Aí não tem jeito.
4 - Valeu a pena?
Valeu e está valendo (com o perdão do gerúndio). Tem experiências pelas quais você tem que passar e, depois, fazer alguma coisa com o conhecimento que acumulou com elas. São degraus. Minhas primeiras experiências em redação me ensinaram a escrever de maneira razoável, que foi o que me garantiu o início em assessoria, que me apresentou a área de TI e me levou a uma publicação especializada, que me especializou em um segmento de mercado, que foi o que me trouxe para cá. Vale a pena por isso. O legal de se ter experiência é poder usá-la para começar outras coisas.
5 - Voltaria hoje para a redação? Por qual motivo?
O motivo seria gostar muito de apurar, escrever, editar e tudo mais que cerca uma publicação. Mas não penso em deixar a Comuni, que é um projeto pessoal. O que eu imagino às vezes é a possibilidade de conciliar as duas coisas. Alguma coisa como voltar a escrever e assumir somente funções estratégicas na agência. Mas não acho possível, principalmente por causa das desconfianças que geraria de um lado e de outro. Então, não voltaria.
6 - É possível se acostumar com o clima e trabalho de assessoria, mesmo com tantas críticas dos jornalistas de redação? Alguns dizem que não suportariam um mês de trabalho em agências de comunicação.
Depende muito da assessoria. Na verdade, depende muito da visão que a assessoria tem dos seus clientes e de seus profissionais. Se a agência se vê como um fornecedor como outro qualquer, que está ali para servir o cliente no que, e quando, ele quiser e faz de seus funcionários apenas agentes dessa relação, aí ela será um lugar onde alguém vindo de uma redação não suportará trabalhar um mês, talvez nem uma semana. Porque em lugares assim a pressão é enorme. Ela vem do cliente, vem dos jornalistas e vem da própria agência, cada um com suas necessidades e todas divergentes, justamente por causa da postura de “pizzaria”.
Por outro lado, se agência se vê como uma consultoria especializada em uma área sobre a qual o cliente não tem domínio ou conhecimento e vê seus funcionários como profissionais especializados nisso, aí a relação muda completamente. O assessor deixa de ser um entregador de pizza e passa a ser visto um jornalista, cuja opinião e as sugestões têm que ser respeitadas. Isso não significa que o cliente vai fazer sempre o que a agência sugerir, mas quando ele não fizer, não poderá dizer que não foi avisado. Por outro lado, em empresas com essa visão, as pressões são menores, e são negociáveis. A agência respeita o profissional e dá suporte ao trabalho dele, com o tempo o cliente passa a respeitá-lo e, com isso, as redações passam a ser atendidas. Quando alguma coisa não for possível, estará claro para todo mundo que ela não foi realmente possível.
7 - Recomendaria a mudança a outros profissionais de redação?
Só para os que já estivessem propensos a isso. Da mesma forma que a redação, também a assessoria envolve uma boa dose de “estar a fim”. Não recomendaria para alguém que estivesse visivelmente feliz na redação, só para quem estivesse quase indo, mas ainda em dúvida, ou com medo. Recomendaria também que analisasse bem o convite e o tipo de agência.
8 - Como vê a profissão no futuro, principalmente no segmento de assessoria de imprensa?
Com preocupação, mas é uma análise muito pessoal. As redações estão cada vez mais enxutas e as assessorias são hoje as grandes responsáveis pela absorção da mão-de-obra de jornalistas. Isso é bom para os jornalistas, mas aqui entra minha visão pessoal: não acredito que profissionais que não tenham alguma experiência em redação possam ser bons assessores. A redação dá ao profissional noção de tempo, de urgência, traquejo com situações inesperadas e conhecimento de outras redações que dificilmente um jornalista nascido e formado na agência terá um dia.
Mas o movimento para o futuro parece inverso: a primeira formação daqueles que ficarem na peneira das redações caberá mais e mais às assessorias. Eu espero estar errado, mas a se manter assim, no futuro teremos duas categorias distintas de profissionais: os poucos jornalistas de redação e os muitos jornalistas de assessoria, com formações e experiências diferentes e, portanto, com sérias dificuldades de relacionamento.
Marcadores: entrevista
terça-feira, fevereiro 07, 2006
As novas regras para RPs
Encontrei um material interessante de David Meerman Scott que dá algumas dicas sobre os novos rumos das relações públicas. Acho que vale a pena dar uma olhada aqui (em inglês). Só não se esqueça que a relação entre mídia e empresas no Brasil é bem diferente da gringa.
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Agenda - assessoria para políticos
Esta terça-feira, 7 de fevereiro, é o último dia para inscrição com desconto no curso de Assessoria de Imprensa para Políticos e Campanhas Eleitorais, que será realizado nos dias 17 e 18 de fevereiro, em São Paulo. Ministrado pelo especialista em marketing político Marco Iten e equipe, o curso é voltado a profissionais que atuam ou pretendem atuar na área de comunicação de políticos ou em campanhas eleitorais e também é muito procurado por jornalistas da editoria de política, que querem saber mais sobre o tema. Além disso, tem atraído políticos, interessados em saber o que exigir dos profissionais que contratam para a área de comunicação.
Curso: Assessoria de Imprensa para Políticos e Campanhas Eleitorais
Datas: 17 e 18 de Fevereiro de 2006 (sexta-feira e sábado) - Das 9 às 18 horas
Local: Hotel Ibis Congonhas - R. Baronesa de Bela Vista, 801 (Aeroporto de Congonhas)
Confirmações de inscrições até 7 de fevereiro: R$ 300,00 por participante
Confirmações de inscrições de 8 a 14 de fevereiro: R$ 320,00 por participante
Estudantes de Comunicação e grupos de três ou mais participantes: R$ 260,00 por inscrito Inscrições devem ser feitas no www.marcoiten.com.br
Curso: Assessoria de Imprensa para Políticos e Campanhas Eleitorais
Datas: 17 e 18 de Fevereiro de 2006 (sexta-feira e sábado) - Das 9 às 18 horas
Local: Hotel Ibis Congonhas - R. Baronesa de Bela Vista, 801 (Aeroporto de Congonhas)
Confirmações de inscrições até 7 de fevereiro: R$ 300,00 por participante
Confirmações de inscrições de 8 a 14 de fevereiro: R$ 320,00 por participante
Estudantes de Comunicação e grupos de três ou mais participantes: R$ 260,00 por inscrito Inscrições devem ser feitas no www.marcoiten.com.br
Cerveja + camisinha?
Essa foi sacada pelo Giba. Os comentários abaixo (em itálico) também são dele:
A XPTO* da Cacilds Co.*, uma das marcas importadas, é caracterizada pelo o sabor fresco, lupuloso e com um paladar limpo e amargo. XPTO significa Índia Pale Ale, um tipo de cerveja particularmente fermentada para exportar para os ex-patriotas na época da Raj (lidero das Hindus) da Índia. Uma quantidade incomum de lúpulos tem um efeito preservativo, foi usado no processo de fermentação para conservar a cerveja durante a longa viagem. XPTO é fermentada em Bury St. Edmunds. Disponível em latas de 500ml.
Esse "efeito preservativo" ficou engraçado. "Efeito conservante" talvez seria mais indicado. Vai ter nego pensando... agora sim.. inventaram o anticoncepcional prá homem... e é uma cerveja!!!!!
A XPTO* da Cacilds Co.*, uma das marcas importadas, é caracterizada pelo o sabor fresco, lupuloso e com um paladar limpo e amargo. XPTO significa Índia Pale Ale, um tipo de cerveja particularmente fermentada para exportar para os ex-patriotas na época da Raj (lidero das Hindus) da Índia. Uma quantidade incomum de lúpulos tem um efeito preservativo, foi usado no processo de fermentação para conservar a cerveja durante a longa viagem. XPTO é fermentada em Bury St. Edmunds. Disponível em latas de 500ml.
Esse "efeito preservativo" ficou engraçado. "Efeito conservante" talvez seria mais indicado. Vai ter nego pensando... agora sim.. inventaram o anticoncepcional prá homem... e é uma cerveja!!!!!
Agenda - curso de comunicação empresarial
A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) firmou parceria com a Universidade de Syracuse, de Nova York, para realização do primeiro curso internacional de Comunicação Empresarial, customizado para profissionais brasileiros. O lançamento oficial será no próximo dia 10 de fevereiro, com a palestra “Tendências internacionais em Comunicação Empresarial, os diferenciais do profissional do futuro”, apresentada pela professora Maria P. Russell. Ela é membro da Associação Americana de Relações Públicas (PRSA) e diretora de novas iniciativas no estudo das relações públicas da S.I. Newhouse School of Public Communications, da Universidade de Syracuse. O evento será no Espaço Cultural Vivo, a partir das 9 horas.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3662-3990 ou no e-mail internacional@aberje.com.br. As vagas são limitadas e a presença precisa ser confirmada até o dia 08/02.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3662-3990 ou no e-mail internacional@aberje.com.br. As vagas são limitadas e a presença precisa ser confirmada até o dia 08/02.
Novas contas
A SD Comunicação, agência de promoção comandada por Antônio Carlos Farina e Dudi Rodrigues, acaba de criar um núcleo exclusivo de trabalho para atender à conta do Santander Banespa. Célia Comerlati foi contratada como atendimento exclusivo do banco. Carolina Pucceti dará suporte a todo o trabalho desenvolvido para o Santander Banespa. As profissionais têm como diretora de atendimento Lucia Haddad.
A Digital Pages é a mais nova conta da Printec Comunicação na área de assessoria de imprensa. Mais informações com Vanessa Giacometti de Godoy (vanessa.godoy@printeccomunicacao.com.br) e Betânia Lins (betania.lins@printeccomunicacao.com.br).
A Digital Pages é a mais nova conta da Printec Comunicação na área de assessoria de imprensa. Mais informações com Vanessa Giacometti de Godoy (vanessa.godoy@printeccomunicacao.com.br) e Betânia Lins (betania.lins@printeccomunicacao.com.br).
Internet no Brasil é para punheteiros: parte 2
Depois que eu digo que a web em terra tupiniquim é coisa de punheteiro tem gente que acha ruim. Duvida? Então veja isso aqui.
Ainda sobre blogs
Sei que estou enchendo com esse negócio de blogs. Na verdade, acho que o pessoal de comunicação precisa ficar mais esperto com isso. Marcelo Sant´Iago, presidente da Associação de Mídia Interativa e dono do Poucas & Boas, fez uma colocação interessante sobre o tema ao citar a capa da Exame que trata de blogs. Acho que vale a pena dar uma lida aqui.
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Esqueci
Ah, esqueci de avisar. Agora ficou melhor para buscar posts antigos. Coloquei a barrinha do Google. Ok, podem dizer, estou apelando feio. Mas que ajuda, ah... isso ajuda! Sugestões? Críticas?
Vendidão - parte 3
Como devem ter percebido, estou apelando para todos os lados para ver se tiro uma graninha - mesmo que merreca - dessa birosca aqui. Enfim, quem quiser colaborar com esse infeliz aqui, please, é só clicar também no banner do GoogleAdSense sempre que passar por aqui. Conto com a colaboração do povo!!!
As da semana
A EuroPraxis Consulting anunciou a contratação da Planin como nova assessoria de comunicação. O atendimento fica por conta de Cíntia Amadio - cintia@planin.com (5505-8900 - Ramal 219).
A Maax Comunicação, empresa do Grupo See Propaganda, conquistou três novas contas. No núcleo de tecnologia uma das novidades é a Afina, multinacional espanhola especializada na comercialização e distribuição de produtos de infra-estrutura de TI e segurança da informação. Outra empresa da mesma área é a VeriFone do Brasil, que atua no segmento de meios de pagamentos eletrônicos, que a agência já atendia como job desde abril de 2005. Para completar, no núcleo de construção civil e arquitetura, a Maax passa a atender o escritório de arquitetura e interiores de Fernanda Belotto. Informações com Juliana Annunciato no (11) 3845-6576 ou juliana@maax.com.br.
A Phynance, uma empresa voltada para o mercado de transações de ativos financeiros, tem nova assessoria de imprensa. Quem cuidará do relacionamento da empresa com a mídia é a Assessos, de Thatiana Racy que atende no (11) 3095-5655 e no thatiana@assessos.com.br.
Ontem, 02, a LVBA comemorou 30 anos de trajetória. Para celebrar, a agência quer saber como serão os próximos anos para a comunicação? Como serão as relações empresa / imprensa e as relações empresas / equipes de colaboradores? Clique aqui para dar seu depoimento.
A Publicom passou a atender a conta de Comunicação Interna da HP Brasil, uma das maiores empresas de computadores e periféricos do mundo. A agência será responsável pelo diagnóstico, planejamento e coordenação das ações. Além disso, foi escolhida pela Lowe, de propaganda, para apoiá-la em Assesoria de Imprensa. A agência faz parte do Interpublic Group, do qual a Publicom é afiliada no Brasil, e atende a clientes como Renault e Unilever.
A Maax Comunicação, empresa do Grupo See Propaganda, conquistou três novas contas. No núcleo de tecnologia uma das novidades é a Afina, multinacional espanhola especializada na comercialização e distribuição de produtos de infra-estrutura de TI e segurança da informação. Outra empresa da mesma área é a VeriFone do Brasil, que atua no segmento de meios de pagamentos eletrônicos, que a agência já atendia como job desde abril de 2005. Para completar, no núcleo de construção civil e arquitetura, a Maax passa a atender o escritório de arquitetura e interiores de Fernanda Belotto. Informações com Juliana Annunciato no (11) 3845-6576 ou juliana@maax.com.br.
A Phynance, uma empresa voltada para o mercado de transações de ativos financeiros, tem nova assessoria de imprensa. Quem cuidará do relacionamento da empresa com a mídia é a Assessos, de Thatiana Racy que atende no (11) 3095-5655 e no thatiana@assessos.com.br.
Ontem, 02, a LVBA comemorou 30 anos de trajetória. Para celebrar, a agência quer saber como serão os próximos anos para a comunicação? Como serão as relações empresa / imprensa e as relações empresas / equipes de colaboradores? Clique aqui para dar seu depoimento.
A Publicom passou a atender a conta de Comunicação Interna da HP Brasil, uma das maiores empresas de computadores e periféricos do mundo. A agência será responsável pelo diagnóstico, planejamento e coordenação das ações. Além disso, foi escolhida pela Lowe, de propaganda, para apoiá-la em Assesoria de Imprensa. A agência faz parte do Interpublic Group, do qual a Publicom é afiliada no Brasil, e atende a clientes como Renault e Unilever.
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Assunto quente
Quem não costuma olhar os comentários dos posts, está perdendo grandes dicas. O assunto desse post despertou a atenção e a revolta de alguns colegas de profissão. Acho que vale uma espiada (como diria aquele figura que apresenta um programa de televisão bastante produtivo). E tudo começou com esse aqui.
Jornais desesperados
É impressionante a situação na qual os jornais se encontram. Os caras estão em tamanho desespero que apelam para todas as táticas que vêm à cabeça. Vejam isso:
Jornais querem cobrar direitos autorais de sites de busca
A Associação Mundial de Jornais analisa cobrança dos sites de busca que exploram o conteúdo produzido pelos veículos sem nenhuma compensação financeira.
EFE
Paris - A Associação Mundial de Jornais (AMJ) informou hoje sobre a criação de um grupo de trabalho destinado a estudar as possíveis modalidades da cobrança dos direitos autorais aos sites de busca da internet que propõem suas páginas web.
Os editores de imprensa reclamaram que, atualmente, os sites de busca "exploram o conteúdo" dos jornais "sem entregar uma compensação razoável aos proprietários dos direitos autorais", afirmou a AMJ em comunicado.
O presidente da AMJ, Gavin O´Reilly, afirmou que os sites de busca da internet apostam cada vez mais em oferecer conteúdos de editores e jornais na rede sem pagar nada em troca.
"Os sites de busca não são uma nova espécie de benfeitores sociais que distribuem gratuitamente informação. São organizações comerciais com fins lucrativos", disse.
Junto com organizações mundiais de editores, a AMJ estudará as possibilidades para fazer valer seus direitos ao reconhecimento de um artigo, assim como "a remuneração" devido a sua inclusão nos sites de busca da internet.
As organizações analisarão as normas políticas para formalizar a relação comercial entre os autores e os sites de busca, e para isso prevêem se reunir com o comissário europeu de Mercado Interno e Serviços, Charlie McGreevy, e com a comissária da Sociedade da Informação, Viviane Reding.
A AMJ aproveitou para criticar a atitude de alguns dos grandes da internet "frente aos pedidos de censura de regimes repressivos", em uma velada referência à posição adotada pela Google na China. EFE
Jornais querem cobrar direitos autorais de sites de busca
A Associação Mundial de Jornais analisa cobrança dos sites de busca que exploram o conteúdo produzido pelos veículos sem nenhuma compensação financeira.
EFE
Paris - A Associação Mundial de Jornais (AMJ) informou hoje sobre a criação de um grupo de trabalho destinado a estudar as possíveis modalidades da cobrança dos direitos autorais aos sites de busca da internet que propõem suas páginas web.
Os editores de imprensa reclamaram que, atualmente, os sites de busca "exploram o conteúdo" dos jornais "sem entregar uma compensação razoável aos proprietários dos direitos autorais", afirmou a AMJ em comunicado.
O presidente da AMJ, Gavin O´Reilly, afirmou que os sites de busca da internet apostam cada vez mais em oferecer conteúdos de editores e jornais na rede sem pagar nada em troca.
"Os sites de busca não são uma nova espécie de benfeitores sociais que distribuem gratuitamente informação. São organizações comerciais com fins lucrativos", disse.
Junto com organizações mundiais de editores, a AMJ estudará as possibilidades para fazer valer seus direitos ao reconhecimento de um artigo, assim como "a remuneração" devido a sua inclusão nos sites de busca da internet.
As organizações analisarão as normas políticas para formalizar a relação comercial entre os autores e os sites de busca, e para isso prevêem se reunir com o comissário europeu de Mercado Interno e Serviços, Charlie McGreevy, e com a comissária da Sociedade da Informação, Viviane Reding.
A AMJ aproveitou para criticar a atitude de alguns dos grandes da internet "frente aos pedidos de censura de regimes repressivos", em uma velada referência à posição adotada pela Google na China. EFE
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Mais sobre exclusão
Como sei que nem todos dão uma espiada nos comentários, coloco um aqui em formato de post. Fiquei impressionado com a história e quero dividir com vocês:
Fernanda Angelo disse...
E eu, que fui designada para um encontro de imprensa de um grande fabricante de produtos de infra para telcos. Quando a assessoria soube que o veículo para o qual trabalho havia pautado a "reles repórter" aqui para a viagem (sim, o encontro acontecerá em Paris), retirou o convite. Acreditem, tem assessoria que mede competência conforme o nome do cargo.
Em suma: não haverá representante do nosso jornal no "tão relevante" evento que, ao que parece, não tem por objetivo noticiar algum fato de interesse de nossos leitores, mas fazer "oba-oba" com editores. E o melhor nem é isso. É que, além das voltas que o mundo dá, neguinho esquece que na hora de vender pautas furadas daquele cliente fiasco, é exatamente pra repórter aqui que ele liga. Como não tenho competência (pelo julgamento dessa "competente" equipe de comunicação), infelizmente vou ter de pedir que encaminhe a sugestão para avaliação do meu editor. Fazer o quê?
Quem sabe um dia eu aprimoro minhas habilidades e vou para uma dessas viagens que assessor insiste em julgar divertidas para nós!
Alguém se arrisca a comentar???
Fernanda Angelo disse...
E eu, que fui designada para um encontro de imprensa de um grande fabricante de produtos de infra para telcos. Quando a assessoria soube que o veículo para o qual trabalho havia pautado a "reles repórter" aqui para a viagem (sim, o encontro acontecerá em Paris), retirou o convite. Acreditem, tem assessoria que mede competência conforme o nome do cargo.
Em suma: não haverá representante do nosso jornal no "tão relevante" evento que, ao que parece, não tem por objetivo noticiar algum fato de interesse de nossos leitores, mas fazer "oba-oba" com editores. E o melhor nem é isso. É que, além das voltas que o mundo dá, neguinho esquece que na hora de vender pautas furadas daquele cliente fiasco, é exatamente pra repórter aqui que ele liga. Como não tenho competência (pelo julgamento dessa "competente" equipe de comunicação), infelizmente vou ter de pedir que encaminhe a sugestão para avaliação do meu editor. Fazer o quê?
Quem sabe um dia eu aprimoro minhas habilidades e vou para uma dessas viagens que assessor insiste em julgar divertidas para nós!
Alguém se arrisca a comentar???
Sobre os tais blogs
Trecho retirado da matéria sobre blogs, capa da Exame. O final da frase chama a atenção:
Uma exceção, mais uma vez na indústria tecnológica, é a Microsoft. Bill Gates ainda não está blogando, mas um funcionário foi contratado para essa função, com o pomposo nome de “evangelista técnico”. Robert Scoble, dono do blog Scobleizer, conseguiu a façanha de começar a mudar a imagem da maior empresa de software do mundo. Com um site franco, que inclui freqüentes críticas à Microsoft, ele ganhou credibilidade e deu à empresa uma voz humana na web. “Recentemente fui a Londres e recebi 120 convites para jantar. Por causa do blog, tornei-me uma espécie de embaixador da empresa”, disse Scoble a Exame. “Muitos programadores me procuram para ajudá-los em seus projetos de software e eu os coloco em contato com pessoas relevantes dentro da empresa.” Para muitos especialistas, esse é o relações-públicas do futuro.
Uma exceção, mais uma vez na indústria tecnológica, é a Microsoft. Bill Gates ainda não está blogando, mas um funcionário foi contratado para essa função, com o pomposo nome de “evangelista técnico”. Robert Scoble, dono do blog Scobleizer, conseguiu a façanha de começar a mudar a imagem da maior empresa de software do mundo. Com um site franco, que inclui freqüentes críticas à Microsoft, ele ganhou credibilidade e deu à empresa uma voz humana na web. “Recentemente fui a Londres e recebi 120 convites para jantar. Por causa do blog, tornei-me uma espécie de embaixador da empresa”, disse Scoble a Exame. “Muitos programadores me procuram para ajudá-los em seus projetos de software e eu os coloco em contato com pessoas relevantes dentro da empresa.” Para muitos especialistas, esse é o relações-públicas do futuro.