O que nos espera
Creio que quase todos que freqüentam esse blog estão com os ouvidos cansados de ouvir a frase “o jornalismo terá de se reinventar”. Como não sou papa ou guru de coisa nenhuma, mas acredito nesse chavão do mercado de comunicação, pensei em elaborar algumas coisas que estão por vir (ou já vieram) e devem modificar bastante o mercado de comunicação. As agências precisam a começar a avaliar tudo isso e de que forma expor e trabalhar a marca de seus clientes:
Interação – isso resume boa parte das alterações que já estão ocorrendo. O conceito – que passou a ser chamado de web 2.0 (mas é destruído aqui) une expressões como interatividade/participação/colaboração. Vale ressaltar que o telespectador/leitor/internauta não está mais satisfeito somente em receber. Ele quer doar, participar, sugerir, dizer. As principais discussões em torno do padrão de TV Digital no Brasil – além do lobby – recaíam exatamente sobre a questão da interatividade e não ficou muito bem resolvido. O usuário comum produtor de conteúdo nos mais variados meios – áudio, vídeo, web – e interesses específicos, o que proporciona a formação de grupos. A qualidade pode ser discutível, mas não há como frear esse processo. Exemplos: aqui. Uma estratégia, inclusive, mais barata.
Trabalho gratuito – o conceito de comunidade trouxe e ainda vai apresentar uma série de possibilidades. Fazer os outros trabalharem e pensarem para você de graça – a exemplo do que fazem os desenvolvedores em Linux – vai se tornar realidade. Quem vai pagar a conta de tudo isso, entretanto, ainda é uma grande incógnita. Exemplos aqui e aqui.
Mobilidade – o usuário, além de ter acesso, poderá produzir e distribuir conteúdo de qualquer lugar a qualquer hora pelos mais variados dispositivos. Especialmente se o Wimax – internet banda larga sem fio - realmente for pra frente no Brasil nos próximos anos.
Senso de organização e utilização da informação – até pouco tempo, o detentor e distribuidor da informação era o rei dos negócios. Hoje, a distribuição está rachada, a colaboração e compartilhamento estão em voga e o turbilhão de dados e informações mais atrapalha do que ajuda. Vai se dar bem quem conseguir filtrar e aproveitar as melhores informações no momento certo.
Foco – por mais humilde e desinformado que seja, todos têm algo a dizer e ensinar. A popularização do acesso à internet – ainda que gradativa e lenta – deve aumentar e as classes menos favorecidas estarão navegando. Portanto, o perfil do internauta vai sofrer alterações. Quem está acostumado a produzir conteúdo para as classes A/B, já conectadas e interativas, precisará repensar o foco.
Vídeo – o Youtube acabou com a tese dos barões da comunicação de que “assistir televisão pelo computador nunca pegaria”. Sorte de Steve Chen e Chad Hurley. E isso está longe de ser um mercado desprezível. A venda mundial de conteúdos de vídeo totalizou 298 milhões de dólares no ano passado. Isso muda também a percepção em relação aos usuários e compradores de conteúdo. Certamente crescerá e muito ainda a comunicação em formato de vídeo. Resta saber se no Brasil a banda vai crescer proporcionalmente (sinceramente, acho difícil).
Jogos – os games estão confundindo as cabecinhas dos adolescentes, especialmente quando falamos de Second Life, Entropia, entre tantos outros que poderia citar. As empresas, porém, estão de olho nesse movimento e começam a patrocinar e aparecer nesse meio. Talvez o conteúdo ganhe espaço dentro desse canal também. O El Pais já deu um passo e criou um correspondente virtual. A Reuters também já está presente no Second Life. Já se tornaram um bom canal de informação e comunicação.
Multimídia – por todas essas tendências, o profissional do futuro, queiram os mais céticos ou não, terá de ser multimídia e saber administrar e trabalhar melhor todas essas ferramentas. Jornalistas, então, preparem-se. Para os focos que estão saindo da universidade, mais atenção nas aulas de TV e rádio. Afinal, você vai produzir conteúdo para jornais, revistas, web, áudio e vídeo. Ah... ia me esquecendo: com o salário de quem cria para uma única mídia.
Interação – isso resume boa parte das alterações que já estão ocorrendo. O conceito – que passou a ser chamado de web 2.0 (mas é destruído aqui) une expressões como interatividade/participação/colaboração. Vale ressaltar que o telespectador/leitor/internauta não está mais satisfeito somente em receber. Ele quer doar, participar, sugerir, dizer. As principais discussões em torno do padrão de TV Digital no Brasil – além do lobby – recaíam exatamente sobre a questão da interatividade e não ficou muito bem resolvido. O usuário comum produtor de conteúdo nos mais variados meios – áudio, vídeo, web – e interesses específicos, o que proporciona a formação de grupos. A qualidade pode ser discutível, mas não há como frear esse processo. Exemplos: aqui. Uma estratégia, inclusive, mais barata.
Trabalho gratuito – o conceito de comunidade trouxe e ainda vai apresentar uma série de possibilidades. Fazer os outros trabalharem e pensarem para você de graça – a exemplo do que fazem os desenvolvedores em Linux – vai se tornar realidade. Quem vai pagar a conta de tudo isso, entretanto, ainda é uma grande incógnita. Exemplos aqui e aqui.
Mobilidade – o usuário, além de ter acesso, poderá produzir e distribuir conteúdo de qualquer lugar a qualquer hora pelos mais variados dispositivos. Especialmente se o Wimax – internet banda larga sem fio - realmente for pra frente no Brasil nos próximos anos.
Senso de organização e utilização da informação – até pouco tempo, o detentor e distribuidor da informação era o rei dos negócios. Hoje, a distribuição está rachada, a colaboração e compartilhamento estão em voga e o turbilhão de dados e informações mais atrapalha do que ajuda. Vai se dar bem quem conseguir filtrar e aproveitar as melhores informações no momento certo.
Foco – por mais humilde e desinformado que seja, todos têm algo a dizer e ensinar. A popularização do acesso à internet – ainda que gradativa e lenta – deve aumentar e as classes menos favorecidas estarão navegando. Portanto, o perfil do internauta vai sofrer alterações. Quem está acostumado a produzir conteúdo para as classes A/B, já conectadas e interativas, precisará repensar o foco.
Vídeo – o Youtube acabou com a tese dos barões da comunicação de que “assistir televisão pelo computador nunca pegaria”. Sorte de Steve Chen e Chad Hurley. E isso está longe de ser um mercado desprezível. A venda mundial de conteúdos de vídeo totalizou 298 milhões de dólares no ano passado. Isso muda também a percepção em relação aos usuários e compradores de conteúdo. Certamente crescerá e muito ainda a comunicação em formato de vídeo. Resta saber se no Brasil a banda vai crescer proporcionalmente (sinceramente, acho difícil).
Jogos – os games estão confundindo as cabecinhas dos adolescentes, especialmente quando falamos de Second Life, Entropia, entre tantos outros que poderia citar. As empresas, porém, estão de olho nesse movimento e começam a patrocinar e aparecer nesse meio. Talvez o conteúdo ganhe espaço dentro desse canal também. O El Pais já deu um passo e criou um correspondente virtual. A Reuters também já está presente no Second Life. Já se tornaram um bom canal de informação e comunicação.
Multimídia – por todas essas tendências, o profissional do futuro, queiram os mais céticos ou não, terá de ser multimídia e saber administrar e trabalhar melhor todas essas ferramentas. Jornalistas, então, preparem-se. Para os focos que estão saindo da universidade, mais atenção nas aulas de TV e rádio. Afinal, você vai produzir conteúdo para jornais, revistas, web, áudio e vídeo. Ah... ia me esquecendo: com o salário de quem cria para uma única mídia.
Marcadores: análise
1 Comments:
muito legal, edu! como usuária, não vejo a hora de poder interagir DE VERDADE na web e na tv. pq a possibilidade de vc apenas ignorar um conteúdo, é muito chata. agora, poder fazer escolhas, alterar, interferir e atingir os "produtores de conteúdo" é algo fascinante. hj ainda estamos na IDADE DA PEDRA. futuramente, creio que será fundamental o papel do jornalista, pois iremos buscar a informação correta. esses dias eu li um artigo de um jornalista português que falava do ingrediente essencial da profissao: etica. sem ela, não é possivel ser jornalista. entao, onde há muita oferta (oferta de informacao), é preciso filtrar bem, como vc mesmo disse. mas nada como ter um grupo profissional para fazer isso. acho que o que vai fazer a diferenca de fato é o poder aquisitivo, pois nem todos estao acostumados a pagar pela informação, acho que por ser algo imaterial, as pessoas pensam que nao tem valor ou tem que ser gratuito.
nossa... me empolguei!!!!!!mas é isso: não vejo a hora dessas coisas acontecerem.
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