Sem noção – parte 2
Veja a segunda parte do texto escrito por Paulo Rebêlo e publicado no Webinsider:
Congestionar servidores
Numa conexão discada (modem e linha telefônica), cada megabyte leva uma média de seis minutos para chegar ao computador. Isto é, se a conexão estiver boa. Seis minutos, parado olhando para a tela do computador, enquanto a taxa de progresso cresce e, no fim, abre uma foto gigantesca do lançamento da última coleção inverno-verão dos chinelos do seu Zé. Ou a foto em altíssima resolução, digna de papel de parede, do modelo turbinado do Fuscão Preto, modelo ano 2045.
Não vale nem mencionar o detalhe que você, o receptor do e-mail, cobre uma área completamente diferente.
Alguns podem dizer que é o preço que se paga pelo boom da internet. Não é. O preço quem paga são as assessorias sem noção, que começam (?) a se queimar com repórteres e editores. Algumas assessorias sequer se dão o trabalho de renomear o nome do arquivo da foto, deixando claro que nada mais fizeram além de transferir de uma câmera digital para o e-mail das vítimas.
Um repórter que está viajando para fazer matéria em outra cidade pode ficar sem acesso ao e-mail porque, simplesmente, a assessoria sem noção que ficou de mandar uma nota resolveu mandar a nota com uma foto em alta resolução do diretor da empresa. É só um exemplo entre outros tantos.
Por que todos não seguimos o exemplo das boas assessorias? Não é difícil, não tira pedaço, não dói. É só enviar o release, pode até ser em html se acharem mais bonitinho, mas não mandem arquivos anexos. A foto da modelo ficou ótima? Coloca na web e manda o link no texto. Quem quiser olhar é só clicar. São muitas fotos? Cria-se uma galeria no site da assessoria, pronto. Com fotos para visualização na tela e fotos em alta resolução para usar em jornais e revistas. Web serve para isso; e-mail, não.
É assim no mundo todo. Não é a invenção da roda. Todo mundo sabe quão prejudicial é enviar arquivos em anexo, além de ser bastante inseguro. E no âmbito profissional, enviar arquivos gigantes sem solicitação é imperdoável. Todo mundo sabe, menos as assessorias sem noção – que parecem se multiplicar a cada dia que passa.
Recentemente, passei a receber releases de uma nova forma: arquivos do Word (.doc) gigantescos, com 1 Mb, às vezes 2 Mb. Dentro do arquivo, o texto e as fotos em alta resolução. Mais amador do que isso só mesmo computador a manivela. .
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Veja a segunda parte do texto escrito por Paulo Rebêlo e publicado no Webinsider:
Congestionar servidores
Numa conexão discada (modem e linha telefônica), cada megabyte leva uma média de seis minutos para chegar ao computador. Isto é, se a conexão estiver boa. Seis minutos, parado olhando para a tela do computador, enquanto a taxa de progresso cresce e, no fim, abre uma foto gigantesca do lançamento da última coleção inverno-verão dos chinelos do seu Zé. Ou a foto em altíssima resolução, digna de papel de parede, do modelo turbinado do Fuscão Preto, modelo ano 2045.
Não vale nem mencionar o detalhe que você, o receptor do e-mail, cobre uma área completamente diferente.
Alguns podem dizer que é o preço que se paga pelo boom da internet. Não é. O preço quem paga são as assessorias sem noção, que começam (?) a se queimar com repórteres e editores. Algumas assessorias sequer se dão o trabalho de renomear o nome do arquivo da foto, deixando claro que nada mais fizeram além de transferir de uma câmera digital para o e-mail das vítimas.
Um repórter que está viajando para fazer matéria em outra cidade pode ficar sem acesso ao e-mail porque, simplesmente, a assessoria sem noção que ficou de mandar uma nota resolveu mandar a nota com uma foto em alta resolução do diretor da empresa. É só um exemplo entre outros tantos.
Por que todos não seguimos o exemplo das boas assessorias? Não é difícil, não tira pedaço, não dói. É só enviar o release, pode até ser em html se acharem mais bonitinho, mas não mandem arquivos anexos. A foto da modelo ficou ótima? Coloca na web e manda o link no texto. Quem quiser olhar é só clicar. São muitas fotos? Cria-se uma galeria no site da assessoria, pronto. Com fotos para visualização na tela e fotos em alta resolução para usar em jornais e revistas. Web serve para isso; e-mail, não.
É assim no mundo todo. Não é a invenção da roda. Todo mundo sabe quão prejudicial é enviar arquivos em anexo, além de ser bastante inseguro. E no âmbito profissional, enviar arquivos gigantes sem solicitação é imperdoável. Todo mundo sabe, menos as assessorias sem noção – que parecem se multiplicar a cada dia que passa.
Recentemente, passei a receber releases de uma nova forma: arquivos do Word (.doc) gigantescos, com 1 Mb, às vezes 2 Mb. Dentro do arquivo, o texto e as fotos em alta resolução. Mais amador do que isso só mesmo computador a manivela. .
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